sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Os anos de Chumbo

   Podemos definir a Ditadura Militar como sendo o período da política brasileira em que os militares governaram o Brasil. Esta época vai de 1964 a 1985. Caracterizou-se pela falta de democracia, supressão de direitos constitucionais, censura, perseguição política e repressão aos que eram contra o regime militar.
   A crise política se arrastava desde a renúncia de Jânio Quadros em 1961. O vice de Jânio era João Goulart, que assumiu a presidência num clima político adverso. O governo de João Goulart (1961-1964) foi marcado pela abertura às organizações sociais. Estudantes, organização populares e trabalhadores ganharam espaço, causando a preocupação das classes conservadoras como, por exemplo, os empresários, banqueiros, Igreja Católica, militares e classe média. Todos temiam uma guinada do Brasil para o lado socialista. Vale lembrar, que neste período, o mundo vivia o auge da Guerra Fria.


   Este estilo populista e de esquerda, chegou a gerar até mesmo preocupação nos EUA, que junto com as classes conservadoras brasileiras, temiam um golpe comunista.
Seis dias depois, em 19 de março, os conservadores organizam uma manifestação contra as intenções de João Goulart. Foi a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, que reuniu milhares de pessoas pelas ruas do centro da cidade de São Paulo.
   O clima de crise política e as tensões sociais aumentavam a cada dia. No dia 31 de março de 1964, tropas de Minas Gerais e São Paulo saem às ruas. Para evitar uma guerra civil, Jango deixa o país refugiando-se no Uruguai. Os militares tomam o poder. Em 9 de abril, é decretado o Ato Institucional Número 1 (AI-1). Este, cassa mandatos políticos de opositores ao regime militar e tira a estabilidade de funcionários públicos.

Fonte:http://www.suapesquisa.com/ditadura/

Reações ao golpe

Atendendo ao pedido do coronel Viana Moog, Comandante da polícia do Exército, policiais do DOPS dirigiram-se, as primeiras horas de ontem, à residência do Tenente Coronel Joaquim Ignácio Cardoso (demitido pelo Golpe de 1º de abril) a fim de levá-lo preso. Não esperavam, contudo, a resistência do pai do oficial, Marechal Felicíssimo Cardoso, que energicamente, não permitiu a entrada dos policiais no apartamento 202 da Rua Conselheiro Lafayette 95. O General Mourão Filho, do STM, amigo pessoal do Marechal, intercedeu para impedir a prisão do Coronel Joaquim Ignácio pelo DOPS e fez saber que ele “não iria para a polícia de maneira alguma”. Os policiais, ao fim de 10 horas e 30 minutos de espera, foram obrigados a desistir, retirando-se do local.

Fonte:http://felicissimocardoso.blogspot.com/2009/10/reacao-ao-golpe-de-1964-comecou-no.html
O AI-5

O AI-5 (Ato Institucional número 5) foi  o quinto decreto emitido pelo governo militar brasileiro (1964-1985). É considerado o mais duro golpe na democracia e deu poderes quase absolutos ao regime militar. Redigido pelo ministro da Justiça Luís Antônio da Gama e Silva,  o AI-5 entrou em vigor em 13 de dezembro de 1968, durante o governo do então presidente  Artur da Costa e Silva.

Determinações mais importantes do Ato Institucional Número 5:
- Concedia poder ao Presidente da República para dar recesso a Câmara dos Deputados, Assembléias Legislativas (estaduais) e Câmara de vereadores (Municipais). No período de recesso, o poder executivo federal assumiria as funções destes poderes legislativos;
- Concedia poder ao Presidente da República para intervir nos estados e municípios, sem respeitar as limitações constitucionais;
- Concedia poder ao Presidente da República para suspender os direitos políticos, pelo período de 10 anos, de qualquer cidadão brasileiro;
- Concedia poder ao Presidente da República para cassar mandatos de deputados federais, estaduais e vereadores;
- Proibia manifestações populares de caráter político;
- Suspendia o direito de habeas corpus (em casos de crime político, crimes contra ordem econômica, segurança nacional e economia popular).
- Impunha a censura prévia para jornais, revistas, livros, peças de teatro e músicas.

Fonte:http://www.suapesquisa.com/ditadura/ai-5.htm

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Dimitri Ivanovich Mendeleev

Dimitri Mendeleev foi um químico russo muito famoso. É considerado pela comunidade científica um dos maiores gênios da química. Mendeleev nasceu em Tobolsk, na Sibéria, em 1834, era filho caçula de uma família de 17 irmãos. Doutorou-se na Universidade de São Petersburgo, onde começou a lecionar em 1866.
O trabalho desenvolvido por Mendeleev foi surpreendente, pois suas pesquisas foram desenvolvidas em uma época em que muitos elementos naturais eram desconhecidos como, por exemplo, os gases nobres. Não se conhecia a estrutura atômica e os números atômicos que são utilizados na organização dos elementos da tabela atual. Somente em 1913 Henry G. L. Mosely estabeleceu o conceito de número atômico; porém essa descoberta não provocou grandes alterações na classificação dos elementos feita por Mendeleev, apenas alguns rearranjos.
Utilização de alguns elementos químicos:

Cobre: Cu  Z=29  A=63,4

O cobre é um dos metais menos abundantes na crosta terrestre, sendo que em muitos casos, é encontrado combinado com o ferro, o carbono e o oxigênio, situando-se na tabela periódica, entre os metais de transição, cuja familiaridade no mercado da construção civil deve-se ao fato de que sempre foi uma matéria-prima tradicional para tubulações em edificações de todo o tipo.
Algums locais em que são utilizados o cobre:
Instalações de água, gás e calefação;
Transportes e comunicação;
Tecnologia aeroespacial.

Cálcio: Ca  Z=26  A=40,1

Na indústria o cálcio é largamente utilizado em:
Desoxigenizadores;
Dessulfurizadores;
Descarbonizadores.

Ferro: Fe  Z=26  A=55,8

O ferro é uma substância incrívelmente útil por vários motivos:
É extremamente resistente;
Supurta grande quantidade de calor;
É relativamente fácil de dobrar utilizando ferramentas simples.

Mercúrio: Hg  Z=80  A=201

É um metal prateado que na temperatura normal, é um líquido e é inodoro:
É utilizado em:
Termômetros;
Barômetros;
Lampadas.

Ouro: Au  Z=79  A=197

É um metal de transição brilhante, amarelo, pesado, maleável e dúctil.
è utilizado em:
Comunicações, naves espaciais, motores de reação na aviação, e em diversos outros produtos.
É empregado para o recobrimento de materiais biológicos, permitindo a visualização através do microscópio eletrônico de varredura.
Como a prata, o ouro pode formar amálgamas com o mercúrio que, algumas vezes, é empregado em obturações dentárias.

Subníveis de energia:

Com o advento de novas descobertas na área da mecânica quântica entre os séculos XIX e XX, o modelo de Rutheford-Bohr, consolidado em 1913, o qual se aplicava muito bem aos átomos com um só elétron, não foi capaz de explicar fenômenos envolvendo átomos com mais elétrons, por isso surgiu a necessidade de aperfeiçoar o modelo, segundo as observações experimentais, resultando no conceito de subníveis atômicos ou subníveis de energia.

Nos experimentos com espectroscopia com a difração da luz emitida pela transição eletrônica dos átomos, foi possível observar que havia uma raia de diferentes comprimentos de onda emitidos, dentro de uma mesma estreita faixa, de um mesmo nível de energia. Foi então que, em 1919, o físico inglês Arnold Sommerfeld (1868-1951) buscou uma solução, ele propôs que os elétrons deveriam assumir órbitas elíptcas variadas dentro de um mesmo nível, com mesma energia, permitindo um “espectro de raias” na emissão de luz. Cada órbita recebeu o nome de subnível e, cada qual, foi identificado com uma letra: s, p, d ou f (letras relacionadas as palavras do inglês: sharp, principal, diffuse e fundamental;  visto a descriçao do comportamento de cada orbital).
Em 1924, o físico inglês Edmund Clifton Stoner(1889-1973) chegou ao número máximo de elétrons comportado por cada subnível:


s: 2 elétrons, p: 6 elétrons, d: 10 elétrons e f:14 elétrons.

Os Anos Rebeldes


Os Anos Rebeldes

A década de 60 caracterizou-se pela dominância de um espírito de contestação político-cultural, principalmente entre os jovens. Inconformados com a família, o governo e as injustiças sociais, os jovens disseram não ao estabelecido e tentaram criar um estilo de vida alternativo. Diversos grupos, entre eles artistas, estudantes, hippies, negros, homossexuais, feministas e esquerdistas saíram às ruas em todo o mundo para reivindicar mudanças.
Nos Estados Unidos, por exemplo, o movimento negro, impulsionado por lideres como Martin Luther King _ assassinado em 1968; alcançou vitórias como o fim de leis racistas que negavam o direito de voto às minorias étnicas.
A Europa, o movimento estudantil manifestava sua rebeldia contra a opressão dos governantes, a miséria, a exploração do trabalho, a corrida nuclear das grandes potencias e outros. Já o movimento hippie, pregava um certo retorno à vida simples, despojada, natural e a construção de uma sociedade de paz e amor.
O Brasil foi invadido pelo mesmo espírito questionador. Em 1967, com o tropicalismo de Caetano Veloso e Gilberto Gil , os jovens brasileiros proclamaram que é proibido proibir. No mesmo ano, José Celso Martinez Correia(teatrólogo), Chico Buarque de Holanda(escritor e compositor) e Glauber Rocha(líder do Cinema Novo) entre outros, reagiram ao movimento político nacional com uma arte politicamente engajada.
Em 1968, o movimento estudantil se espalhou por todo o país sofrendo pressão do governo.



Algumas imagens que se tornaram ícone dos Anos Rebeldes:






Algumas imagens que se tornaram ícones da atualidade:









 



Revolução Cubana:
  Sendo uma das últimas nações a se tornarem independentes no continente americano, Cuba proclamou a formação de seu Estado independente sob o comando do intelectual José Marti e auxílio direto das tropas norte-americanas. A inserção dos norte-americanos neste processo marcou a criação de um laço político que pretendia garantir os interesses dos EUA na ilha centro-americana. Uma prova dessa intervenção foi a criação da Emenda Platt, que assegurava o direito de intervenção dos Estados Unidos no país.
De fato, ao longo de sua história depois da independência, Cuba sofreu várias ocupações militares norte-americanas, até que, na década de 1950, o general Fulgêncio Batista empreendeu um regime ditatorial explicitamente apoiado pelos EUA.
Nesse tempo, a população sofria com graves problemas sociais. Ao mesmo tempo, o governo de Fulgêncio ficava cada vez mais conhecido por sua negligência com as necessidades básicas da população e a brutalidade com a qual reprimia seus inimigos políticos. Foi nesse tenso cenário que um grupo de guerrilheiros se formou com o propósito de tomar o governo pela força das armas.
Sob a liderança de Fidel Castro, Camilo Cienfuegos e Ernesto “Che” Guevara, um pequeno grupo de aproximadamente 80 homens se espalhou em diversos focos de luta contra as forças do governo. Entre 1956 e 1959, o grupo conseguiu vencer e conquistar várias cidades do território cubano. No último ano de luta, conseguiram finalmente acabar com o governo de Fulgêncio Batista e estabelecer um novo regime pautado na melhoria das condições de vida dos menos favorecidos.