O problema do desemprego

O que é emprego ?

De forma geral consideramos o emprego como sendo o cargo ou a ocupação remunerada de uma pessoa, o que a coloca no grupo da população denominada população economicamente ativa (PEA).

Na sociedade capitalista moderna, considera-se a existencia de três grandes categorisa de polupação economicamente ativa:

• autônomos: não são empregados diretos de ninguém. Eles oferecem seu trabalho a quem se interessar, recebendo por dia ou por tarefa, pelo serviço prestado ou pela mercadoria vendida;
• empregadores: são as pessoas que dispõem de capital e resolvem aplicá-lo na produção de algum produto ou serviço, seja numa fazenda, fábrica, escritório ou outra tividade. Se o negócio é relativamente grande, esse investidor precisará contratar mão de obra para que a produção e os serviços sejam executados. Portanto, os empregadores são aqueles que oferecem emprego;
• empregados: são aquelas pessoas que não tem capital próprio e só dispõem de sua força de trabalho para vender. Eles dependem de algum empregador que tenha interesse em contratá-lo e pagar a ele em troca de seu trabalho.

O que é desemprego

Há muitas formas para definir o desemprego, mas alguns aspectos são comuns a todas elas. Dois aspectos fundamentais são:

• a situação de ociosidade é involuntária. Isso significa que a pessoa está sem trabalhar não porque deseja, e sim porque não encontra trabalho;
• só entram no grupo dos desempregados as pessoas que fazem parte da força de trabalho do país. Crianças, por exemplo, não são consideradas desempregadas, pois ainda não têm idade legal para começar a trabalhar. Pessoas com incapacidade física ou mental também não entram no grupo de desempregados.

Tipos de desemprego

• Desenprego estrutural ou técnológico: é uma forma particularmente grave e generalizada de desemprego que ocorre pelo desequilíbrio entre a oferta e a procura de competências de trabalho numa dada economia. É causado pelo facto da força de trabalho disponível não possuir as competências que as organizações procuram. Uma vez que as pessoas desempregadas necessitam dispender tempo e esforço para se ajustarem às necessidades do mercado de trabalho, o desemprego estrutural pode manter-se durante um período longo de tempo.
• Desemprego conjuntural ou cíclico: também chamado desemprego cíclico, característico da depressão, quando os bancos retraem os créditos, desestimulando os investimentos, e o poder de compra dos assalariados cai em conseqüência da elevação de preços.

A situação mundial

O crescimento econômico mundial não foi suficiente para reduzir o desemprego em todo o mundo, 191,8 milhões de pessoas não contam com um trabalho, o maior número já registrado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). A realidade é que nunca tantas pessoas estiveram desempregadas como agora e, segundo o diretor da OIT, Juan Somavia, "o mundo enfrenta uma crise de proporções enormes". A América Latina ainda registrou o maior crescimento do desemprego entre todas as regiões no ano passado.

Segundo a OIT, entre 2004 e 2005, o número absoluto de desempregados aumentou em 2,2 milhões de pessoas, embora a taxa tenha se mantido em 6,3% da população mundial, porcentual igual ao de 2004. Nos últimos dez anos, o exército de desempregados no mundo ganhou 34,4 milhões de novas pessoas.

No Brasil, é grande a preocupação dos trabalhadores, dos sindicatos, das autoridades e dos estudiosos de problemas sociais, a despeito de não possuirmos dados precisos sobre o desemprego, isto porque, enquanto o IBGE fala em taxa de 12%, a Fundação Seade/Dieese fala em 18% na região metropolitana da Grande São Paulo. A verdade é que temos, hoje, em qualquer família alguém desempregado. Essa é uma realidade que está muito próxima de cada um de nós. O desemprego causa vários problemas: para o desempregado, para a família e para o Estado. Para o cidadão desempregado e sua família, o desemprego provoca insegurança, a indignidade, aquela sensação de inutilidade para o mundo social.

fonte:http://www.library.com.br/Reforma/Pg021Desemprego.htm